Traduzindo o economês

No dia 12/09, os alunos do Curso Técnico assistiram a uma palestra do economista Wellington Souza, da Stracta Consultoria. O tema central foi o cenário macroeconômico para 2016 e 2017. Foram abordados temas como  recessão econômica atual, inflação, juros, dólar, déficit das contas públicas, consumo das famílias, emprego e PIB (Produto Interno Bruto). Souza também explicou como a situação política interfere  na economia e discutiu alguns cuidados importantes com as finanças pessoais.

Wellington, como é falar sobre economia para um público leigo?
Procurei fazer uma apresentação bastante didática. Fiz um gancho da economia com as finanças pessoais, abordando com grande ênfase as questões do emprego, do orçamento familiar e as melhores alternativas para aplicação de recursos. Também procurei apresentar os conceitos e os termos econômicos de uma maneira bastante simples, sempre fazendo conexões com a situação financeira das pessoas de modo que os alunos pudessem perceber a importância do tema.

Como o cenário econômico atual do Brasil afeta o mercado de trabalho?
O cenário econômico atual é de grande incerteza. A alta da inflação, as elevadas taxas de juros, a volatilidade do dólar e o grande déficit fiscal do governo geram um grande ambiente de incerteza que inibe o empreendedor a investir e, consequentemente, a gerar empregos.

Que cuidados podemos tomar com nossas finanças pessoais nesse cenário?

Tomar cuidado com as dívidas e controlar os gastos. As altas da inflação e dos juros têm reduzido o poder de compra das famílias e, com isso, a inadimplência aumentou muito. Este é um momento em que se deve evitar a aquisição de bens duráveis, sobretudo se assumindo dívidas. Recomenda-se fazer um levantamento dos gastos supérfluos como lazer, restaurante, celular, TV a cabo etc, para tentar gerar uma poupança mínima equivalente a 10% da renda mensal. Para quem possui recursos para aplicação, recomenda-se uma postura de cautela e conservadorismo para evitar perdas com ativos de risco em momentos de forte volatilidade.

Você vislumbra uma melhora na crise e na recessão?
Sim. Acredito que estejamos no fundo do poço da crise. Os investimentos produtivos voltaram a crescer, embora ainda muito timidamente. A inflação começa a dar sinais de trégua. Espera-se que, em 2017, apresentemos crescimento do PIB da ordem de 1,5%. Porém o emprego ainda deverá demorar para reagir.

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