O projeto Socioambiental do Colégio está em ação desde 2012 e surgiu em decorrência de um trabalho voluntário desenvolvido com alunos do Fundamental 2. À frente do projeto estava Nilma Paula Combas da Silva, bióloga, professora de Ensino Religioso e de Ação Social. Em um primeiro momento, o foco foi o lixo, mas, dada a relevância do tema, o Diretor Geral, Fábio Luiz Marinho Aidar Jr., criou o Comitê de Sustentabilidade para garantir ações em quatro eixos: lixo zero, construção sustentável, mobilidade urbana e engajamento. De lá para cá, muita coisa mudou no Colégio e fora dele também. “Com a multiplicação dessas ações pelos alunos, as famílias podem repensar seus hábitos e atitudes, servindo de exemplo para outras e assim por diante”, diz Nilma. A seguir, ela nos conta um pouco mais dessa história.
Como começou o trabalho socioambiental aqui no Colégio?
Inicialmente, eu propus um trabalho para a Ação Social do Fundamental 2 sobre meio ambiente; na época, a atividade foi para os alunos da 7ª série (um grupo de 7 alunos, que hoje estão no 3º ano do Ensino Médio). Começamos a elencar temas e percebemos que o lixo era um dos mais preocupantes. Visitamos lugares que faziam coleta seletiva, cooperativas de triagem e reciclagem e pesquisamos sobre os números dos resíduos produzidos e o que era feito com eles. Resolvemos fazer algo no Colégio e nossa proposta foi mudar o sistema de coleta de lixo para a coleta seletiva. Conversei com a direção e criou-se o Comitê de Sustentabilidade.
Como atua o Comitê e quem faz parte dele?
O Comitê viabiliza as mudanças na área de sustentabilidade. É formado pelo Diretor Geral, Fábio Luiz Marinho Aidar Jr., pela Vice-Diretora, Cristine Conforti, pelo Diretor Financeiro e Administrativo, Marcelo Rogozinski, pela Diretora de Recursos Humanos, Juliana Salles, pelo responsável pelo Campus e Eventos, Guilherme Taunay, e por mim. Mantemos uma comunicação com os professores e a comunidade por meio de informes e palestras.
Por que começar pelo lixo?
Porque o lixo não acaba quando o colocamos para fora de casa ou quando o jogamos numa lixeira. Todo o resíduo (sem separação) acaba indo para um aterro sanitário ou para um lixão, para as ruas, bueiros e rios, causando problemas diretos e indiretos para a natureza, para as pessoas, para o nosso planeta. Somos mais de 7 bilhões de pessoas no mundo produzindo lixo diariamente!
Qual a primeira mudança realizada no Colégio?
Ter duas lixeiras (uma para orgânicos e outra para recicláveis) era uma inovação para a coleta seletiva, que antes era feita com uma lixeira para cada tipo de resíduo: papel, metal, plástico, vidro – o que complicava muito o descarte. Partimos do zero. Em parceria com a mãe de um dos alunos, que tinha uma agência de publicidade, pensamos nos adesivos, decidimos as cores, o tipo de recipiente.
O que veio depois?
Fomos avançando com outras questões de sustentabilidade. Hoje, atuamos em quatro eixos: lixo zero, construção sustentável, mobilidade urbana e engajamento. O Colégio adquiriu uma composteira, faz coleta de óleo vegetal usado, pilhas e baterias, construiu tetos ecológicos e pisos drenantes, se equipou com ar condicionado com eco-gás, instalou placas fotovoltaicas, trocou as lâmpadas comuns por lâmpadas LED, aderiu ao Dia Mundial Sem Carro, aboliu os copinhos plásticos, entre muitas outras ações.
Como você imagina que as ações praticadas na escola impactam e inspiram as famílias e a sociedade?
Com a multiplicação dessas ações pelos alunos, as famílias podem repensar seus hábitos e atitudes, servindo de exemplo para outras e assim por diante! Toda grande mudança começa por pequenas ações. Às vezes, um aluno ou outro me pergunta como é possível mudarmos algo se o planeta já está todo poluído? É possível se todos fizermos alguma coisa para parar a degradação e, depois, consequentemente, reverter a situação. Não importa o tamanho, a dimensão, e sim o fazer, na escola, em casa, na rua, no condomínio. Sempre falo: “pensar globalmente, agir localmente”!
Quais os planos para o futuro próximo?
A Campanha Lixo Zero, movimento mundial para a redução do lixo. Pensar na redução de consumo e, consequentemente, na redução da produção de resíduos. E, claro, o engajamento sempre: manter o Programa e levar o tema sustentabilidade, de forma transversal, para a sala de aula, para dentro das disciplinas curriculares.