A administradora Teca Araújo está há 20 anos à frente da organização da Festa Junina do SAN. O curioso é que sua filha caçula saiu do Colégio há cinco e a mais velha já se formou na faculdade. “Quando as meninas entraram para o Santa Cruz, achei o projeto muito legal e comecei a participar. Não consigo deixar, pois acredito muito na relevância desse trabalho”, afirma. Teca refere-se à arrecadação de dinheiro que a festa traz. Somada à da Feijoada da Primavera, corresponde a 30% do orçamento anual do Projeto Jaguaré Caminhos, que atende mais de 800 crianças e jovens nas áreas de saúde, educação, cidadania e inclusão social.
Às vésperas do maior evento do Colégio, conversamos com Teca na tenda especialmente montada para abrigar a produção da festa. A correria entre os pais e colaboradores era grande para deixar tudo em ordem.
Quando começam os preparativos para a Festa Junina?
Em fevereiro, com cinco meses de antecedência, começo a ir atrás dos patrocínios. Faço contato com as empresas e ofereço algumas formas de colaboração, como doações em produtos, patrocínio de barracas, merchandising em camisetas usadas por todos que trabalham no dia da festa ou banners na área do bingo. Um mês antes, uma comissão de 30 pais se divide entre várias áreas de atuação: comidas e bebidas, brindes, montagem. E, no dia, mais de mil pais se voluntariam para trabalhar nas barracas.
De onde vem a arrecadação de dinheiro?
Principalmente dos patrocínios, da venda de ingressos, do caixa do dia da festa, do bingo e do armazém, onde vendemos produtos doados por empresas, com preços muito atrativos. Descontamos as despesas com comida, funcionários, impressão das testeiras das barracas, som, palco e montagem. O lucro é todo revertido para o Programa Jaguaré Caminhos, da Congregação de Santa Cruz, que atua na Comunidade Vila Nova Jaguaré. O bom é que a arrecadação vem crescendo a cada edição, e olha que tivemos que limitar o número de convites a 10 mil.
Qual é a infraestrutura necessária para atender esse público?
A festa conta com 26 barracas de brincadeiras e 32 de comidas. São consumidos mil quilos de milho verde, 400 quilos de pernil, 5 mil pastéis, 7 mil águas, 12 mil refrigerantes e 1700 temakis.
Que novidades vocês prepararam para esta edição?
Temos novas barracas de doces e de sorvete, um espaço especial do Replago no campão com brincadeiras e monitoria e um show da banda 5 a seco, às 19h00.
Como é o dia seguinte à festa?
Como na segunda-feira o Colégio funciona normalmente, temos que desmontar e limpar absolutamente tudo no domingo, sem deixar vestígios. Os funcionários que vêm nos ajudar ganham uma feijoada. Aproveitamos também para saber qual o rescaldo da festa. Doamos os perecíveis para o Padre Roberto e ele leva para o Jaguaré. Os não perecíveis, guardamos para a Feijoada da Primavera, que já começo a organizar em agosto.