Quando a notícia de que a data para inscrição na Olimpíada de Química do Estado de São Paulo (OQSP-21) havia sido postergada saiu, Vera Lúcia Mitiko Aoki, professora de Química da 3ª série do Ensino Médio, publicou o folder no portal dos alunos e fez um rápido convite no início de uma aula.
O aluno Fernando Crestana Machado se interessou e teve pouquíssimo tempo para se preparar para a primeira etapa, uma redação cujo tema era “Química e os Oceanos”. “O recorte dele foi a emissão de microplásticos nos oceanos. Ele contextualizou a problemática – trazendo à tona as estruturas químicas dos polímeros que constituem esses microplásticos – e propôs um método para retirá-los, usando nanopartículas magnéticas”, explica Tarcísio Dias, estagiário de Química. “A redação do Fernando ficou brilhante”, completa, orgulhosa, Mitiko.
Classificado para a segunda etapa, Fernando estudou com afinco para uma extensa prova de questões. “Durante o processo, me chamou a atenção como ele é dedicado e se autodesafia, sempre querendo saber mais”, elogia a professora.
O resultado do esforço veio com a medalha de prata na competição. A premiação ocorreu de forma remota, com transmissão pelo YouTube, por conta da pandemia.
Ao escrever uma carta de agradecimento a Mitiko e Tarcísio pelo apoio, o aluno disse: “Depois de todo o percurso, a gente vê que valeu a pena. Independentemente da medalha, o que me encanta é o processo. Claro que o resultado final deixa o romance mais doce, mas só a medalha não basta. O final feliz só faz sentido com um percurso a altura. Eu tiro muitos aprendizados do processo que foi a Olimpíada. Sei que não sou o químico mais brilhante, mas acredito que sou dos mais entusiasmados.”