Na reta final deste ano tão desafiador, o Colégio tem a satisfação de compartilhar o lançamento de uma publicação sobre a história do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Santa Cruz.
Entrevistamos Fernando Frochtengarten, diretor dos Cursos Noturnos, que nos contou um pouco mais sobre o projeto que deu origem ao livro.
Como surgiu a ideia de fazer um livro sobre a Educação de Jovens e Adultos do Colégio?
A ideia foi concebida pela Luciana Ferraz, coordenadora do Ensino Fundamental 1 da EJA, e também professora de Língua Portuguesa do 6º ano, no início da celebração pelos 45 anos do curso, no ano passado. Além do Congresso que promovemos, o desejo era ter uma publicação que organizasse em uma única narrativa a história da EJA do Colégio, que estava dispersa em memórias pessoais e em documentos.
Como chegaram na lista de personagens perfilados?
Escolhemos os depoentes pensando em cobrir todas as diferentes épocas, desde a fundação do curso nos anos 1970, ainda na ditatura militar, passando pela redemocratização, até chegar aos dias de hoje. Também foram critérios ouvir professores e estudantes e ter um equilíbrio entre homens e mulheres. Essa amplitude de personagens era importante pois o curso foi mudando de feição ao longo do tempo, mas sempre conversando com o contexto da época e respondendo as demandas da população não escolarizada.
Como foi o processo desde as entrevistas e retratos até a edição?
As entrevista foram feitas pela gestora cultural e pesquisadora Daisy Perelmutter que, apesar de não ser da área da educação de jovens e adultos, mergulhou fundo nesse universo. Ela fez longas entrevistas com os depoentes, acompanhada de um técnico de áudio e de um fotógrafo. Depois de transcritas as entrevistas, entramos eu e o Orlando Joia, ex-diretor dos Cursos Noturnos e, em conjunto com a Daisy, organizamos o material em três eixos: as origens do curso; as práticas pedagógicas (projetos, atividades e estudos do meio) e os desafios da EJA e seu futuro, no país e no Santa.
Alguma história que surgiu ali foi uma novidade para você?
Eu já conhecia muitas das histórias que estão no livro, mas, claro, algumas delas foram novidades para mim do ponto de vista factual. Agora, o que me surpreendeu mesmo foi o caráter inovador do curso, à época em que foi criado, e a ousadia do Pe. Corbeil e do Sérgio Haddad (primeiro diretor) ao criar a EJA do Colégio, projeto social do qual tanto nos orgulhamos, no contexto da ditadura.
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