Com o gravador ou um bloquinho na mão, um grupo de alunos do 8º e do 9º ano partiu para a apuração. A pauta previa a cobertura das atividades desenvolvidas com base no estudo do meio em Minas Gerais. Essa foi a primeira atividade prática de repórter do grupo de estudos Falaí, conduzido pelos professores Guilherme Manarin e Carin Wagner Rauth, que integram a equipe do Centro de Tecnologia (CTE) da escola.
A ideia de oferecer essa atividade veio da constatação de que o currículo das oficinas oferecidas pelo CTE enfatizava o domínio da tecnologia e havia uma lacuna na área comunicacional. O desafio foi aceito por Carin, que é formada em Jornalismo, e por Guilherme, que é formado em Educomunicação. “Ficamos empolgados. É muito importante que os jovens entendam melhor a comunicação e o jornalismo”, afirma Carin.
No final do semestre passado, os dois fizeram alguns encontros-piloto com alunos interessados e viram que a ideia era promissora. A atividade passou, então, a ser oferecida neste semestre, com um encontro semanal na sexta-feira. “Ainda estamos em fase de consolidação, o projeto está começando a ganhar corpo, mas já vemos bons resultados. Os alunos trabalham com empenho”, declara Guilherme.
As matérias produzidas pelos alunos podem ser lidas no link. O site será constantemente alimentado com a produção do grupo.
A voz dos alunos
A intenção de dar voz aos alunos está na origem do nome do grupo, o neologismo Falaí. “É muito bom ter um espaço para os alunos falarem sobre assuntos diversos”, diz Rafael, do 9º ano. Ele e os colegas mostram-se empolgados com a possibilidade de informar e expor ideias.
“A gente trabalha em equipe. Um revisa o texto do outro e cobra as datas. É como em uma redação mesmo. É uma experiência muito boa, principalmente para quem pretende cursar Jornalismo”, afirma Daniel, do 8º ano.
Ser jornalista é uma das possibilidades para Giovana, do 8º ano, que participou dos encontros do semestre passado e quis cursar a oficina. “O mais difícil é não colocar nossa opinião nas notícias, tentar ser imparcial”, afirma.
O formato dos textos jornalísticos e a linguagem objetiva são apontados como o maior desafio pelo grupo. Eles parecem se sentir mais à vontade com os textos do gênero opinativo. Joca, do 8º ano, entrou no grupo só agora. “Fiquei empolgado com a possibilidade de publicar artigos de opinião, principalmente”, diz.
As aulas têm acontecido em uma sala do laboratório de informática. Para complementar as aulas, os professores têm convidado profissionais da área para conversar com os estudantes e também planejam organizar visitas a redações de veículos da imprensa.