Era uma casa que tinha teto

Foram dois dias de muito trabalho. Depois de acordar às 5h da manhã do sábado e tomar um rápido café, o grupo, que havia pernoitado em uma escola pública em colchões pelo chão, dirigiu-se à comunidade. No terreno, cavaram buracos para depois fincarem as vigas. No domingo, carregaram o tablado de madeira, que iria servir como chão,  puseram as paredes e fizeram a cobertura. A pintura ficaria para o sábado seguinte.

Foi assim o primeiro fim de semana de setembro dos 17 alunos do Ensino Médio que participaram do “Projeto Moradia e Comunidade”, do núcleo “Cidade e Sustentabilidade” da Ação Social. A atividade é realizada em parceria com a ONG Teto e em conjunto com outros estudantes de colégios e universidades. Em um fim de semana, eles constroem casas de emergência para famílias em condições precárias. Desta vez, foram 14 famílias atendidas na comunidade Portelinha, em Guarulhos.

De acordo com Sofia Leopoldo e Silva, da equipe de Ação Social, até chegar à construção de casas, o grupo passou por várias etapas, com o objetivo de compreender melhor as questões que envolvem moradia e cidadania. Além de estudos sobre questões urbanísticas, os estudantes tiveram contato com a comunidade a que iriam atender. Conheceram como viviam as famílias na comunidade Portelinha. “Assim eles compreenderam que as casas que eles construíram, apesar de humildes, representam um grande avanço para aquelas pessoas. O simples fato  de ter piso elevado do chão e janelas já promove melhoria na qualidade de vida da família, pois evita que entrem água e bichos na casa e previne doenças respiratórias pela circulação do ar”, diz Sofia. As casas são pré-fabricadas, de madeira, com 18 m2, uma porta e três janelas.

Sofia ainda destaca que o grupo esteve muito envolvido no projeto e alguns até planejam outras ações como voluntários.

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