Matemagincana, a espera terminou

 

Às 14h da última sexta-feira, 12 de maio, o teatro estava lotado e o clima era de muita expectativa: professores, alunos, ex-alunos, estagiários e funcionários aguardavam a abertura da 9ª edição da Matemagincana, cujo tema foi “Música”.

Com ares de noite de gala, os participantes foram apresentados ao concurso musical “Cantando Equações”, que foi aberto com uma coreografia relembrando grandes sucessos musicais das últimas décadas. Para compor o grupo de jurados, foram chamados ao palco um representante de cada estilo musical: rock, musicais, pop&eletrônica, música clássica e música brasileira.

As luzes se apagaram e criou-se o suspense: o que viria pela frente? Então, com jogos de luzes e gelo seco, entrou a banda composta por professores do Ensino Médio, com o hit de sucesso   “Matemagincana, a espera terminou”, que levantou a plateia! Todos cantaram junto:

“Ah, sinto vindo uma grande inquietação
Dentro de mim por causa de uma tradição
Que todo ano exige a mente em atenção
E dentro dela uma grande exploração
De mundos lógicos, temáticos e mágicos
Em que voamos sobre jogos matemáticos

Maaa.. temagincana
Finalmente a espera acabou
Maaa… temagincana
O novo desafio começou”

Estava, assim, declarado o início dos jogos!

A primeira atividade era descobrir qual o time de cada um, a partir de um código escrito nas pulseirinhas de cada participante. Encaminhados às salas de seus times – cada um deles com alunos das três séries, estagiários e professores – os 530 participantes vestiram as camisas com as cores de seus times e combinaram como se organizariam para a resolução dos 95 problemas, 5 correntes – espécie de caças ao tesouro em que as pistas são enigmas lógicos – e tarefas bônus – atividades envolvendo habilidades de estimativa, memória, comunicação e estratégia.

Na fase inicial da competição, os grupos ficaram nas salas, resolvendo problemas desafiadores, envolvendo raciocínios geométricos, lógica, contagem, atenção, classificação, raciocínio visual, sequencial etc.  Às 16h30, a primeira corrente foi liberada e parte dos componentes de cada grupo saiu pela escola em busca das pistas, espalhadas pelos pátios, jardins, biblioteca, salas de oficinas, laboratórios, teatro, quadras, salas do Fundamental e ginásio. Impossível andar pelo Colégio sem esbarrar com jovens correndo esbaforidos por todos os lados, ou sentados em grupo no chão, debruçados sobre algum problema. Os locais das pistas estavam cuidadosa e caprichosamente decorados de acordo com o tema da corrente (rock, musicais, pop&eletrônica, música clássica e música brasileira), e em cada uma havia alguns ex-alunos, também devidamente fantasiados, orientando as atividades.

Elaborar e executar todas as atividades desse evento dá muito trabalho. Para realizar essa tarefa, a professora Mônica Torkomian, idealizadora e coordenadora da Matemagincana, tem contado, ano a ano, com o trabalho de seus “mônions”, nome carinhoso dado aos ex-alunos que, voluntariamente, se oferecem para participar da organização e reúnem-se semanalmente aos domingos, desde fevereiro, preparando a competição. Nesta edição, além dos 40 mônions  contamos também com a colaboração de  40 instamônios, ex-alunos que vêm ajudar no dia do evento.

Para o mônion Teo Ferreira, que atualmente estuda Economia na FEA-USP, a Matemagincana é um meio de manter-se ligado ao Colégio. “Eu sempre gostei muito da escola e participar disso é uma forma de preservar o vínculo”, afirmou.

Deborah Kutner, outra mônion, disse que é uma oportunidade para “re-conhecer o Santa, ressignificar o espaço”. Carolina Simon completa, dizendo que é o “melhor evento do Colégio”.

Quem os visse na pizzaria, na sexta-feira à noite, comemorando o sucesso e comentando as aventuras do dia  teria uma dimensão da vibração e do envolvimento desses jovens.

Para Mônica, o espanto com o sucesso do evento acontece todos os anos: “Mesmo sendo a nona edição, é impossível não me emocionar em todas as vezes …A cada vez parece inimaginável algo desse tipo dar certo…. Como mais de 500 alunos escolhem ficar na escola numa sexta-feira à tarde, voluntariamente, sem nenhuma pressão, resolvendo problemas e quebra-cabeças de matemática e lógica? Como, além de topar, se divertem tanto, exalam tanta excitação e alegria por estarem ali? Como 40 ex-alunos largam suas atividades e vêm para ajudar durante toda a tarde? Como outros 40 ex-alunos se envolvem e topam trabalhar para organizar o evento com tanto empenho e dedicação por tantos fins de semana, sem nenhuma motivação externa, a não ser o próprio evento? Como professores topam jogar com seus alunos, de igual para igual, no mesmo time (até aqueles que afirmam ter mais dificuldade com essa área do conhecimento), em uma tarde de sexta-feira, em que poderiam estar antecipando seu fim de semana? Como a direção encampa um evento maluco desse e o apoia tanto? E dá certo… E é extremamente gratificante… E me faz acreditar mais e mais em trabalho em grupo, em motivação intrínseca, em vínculo entre professor e aluno e em Escola e Educação com “es” maiúsculos, mesmo”.

No dia 18 de maio, os times se reuniram novamente no teatro para conhecer os aguardados resultados finais. A premiação foi animada por um vídeo, feito pelos alunos, com os melhores momentos musicais da Matemagincana.

E os vencedores da 9ª edição são:

5º lugar: verde musgo
4º lugar: azul bic
3º lugar: amarelão
2º lugar: roxo
1º lugar: chumbo

Sob aplausos, as equipes amarelão, roxo e chumbo subiram ao palco para receber suas medalhas. “A Matemagincana é a coisa mais legal do mundo. Apesar do nosso time só ter professor de humanas, fomos os vencedores”, comemora Marianna Porchat, aluna da 2ª série, integrante da equipe chumbo. Já Clara Marques, estudante da 3ª série que ficou em segundo lugar afirma que “o importante mesmo é se divertir e a Matemagincana proporciona isso.”

Agora é esperar o ano que vem!

 

 

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