Todos ainda têm na memória as imagens chocantes da enchente do último dia 10 de fevereiro, em São Paulo. O temporal provocou alagamentos, interdição de trechos das Marginais Pinheiros e Tietê e suspensão do rodízio.
Após as fortes chuvas que duraram toda a noite, o Colégio ficou com pontos inundados e as aulas tiveram que ser suspensas. Segundo o engenheiro Guilherme Ferreira, coordenador do campus, vários fatores contribuíram para isso: “O volume de chuva foi tão intenso que o rio Pinheiros atingiu o maior nível desde que o governo começou a monitorar esse índice, em 1967. Com o transbordamento do rio, a água do bairro não tinha para onde escoar. Saliento também que estamos em uma das regiões mais baixas da cidade.”
Guilherme explica que o Colégio conta com inúmeras medidas preventivas para minimizar o risco de inundações, que foram adotadas a partir da experiência com as enchentes de 2000 e 2005, quando a escola também ficou alagada. São elas:
– comportas nas portarias da Av. Arruda Botelho, na rampa da garagem e no corredor das salas do Ensino Fundamental 1;
– construção de um muro que vai da portaria 2 até o terreno da Enel;
– execução de 12 caixas de retenção de água pluvial com capacidade para armazenar aproximadamente 360 m³ de água que só são devolvidos para a rua uma hora após o término das chuvas;
– troca dos pisos impermeabilizados, como o asfalto, por pisos drenantes, no interior da escola e nas calçadas externas e aumento da área gramada;
– criação de telhado verde nos prédios A, B e irmão André;
– construção da rampa de acesso da garagem e da biblioteca acima da cota histórica de alagamento.
Um campus verde e permeável
O engenheiro lembra também que, dos 50 mil metros quadrados do terreno de nosso campus, 44% é área permeável. “Ainda assim, o que se viu foi um volume de água tão grande que extrapolou todas as medidas que, até então, eram suficientes. Por isso, já iniciamos o planejamento de novas obras, como a execução de comportas nas portarias da rua Orobó e nas salas de aula do Fundamental 2 e a continuação da troca das calçadas externas de concreto por pisos drenantes.”
Em paralelo a essas medidas, o Colégio consultou o ex-aluno Luiz Henrique Werneck de Oliveira, engenheiro sanitário e sociólogo, especializado em saneamento e drenagem, para análise e aconselhamento. Também planeja sistematizar os procedimentos de emergência em caso de enchentes e reforçar o treinamento teórico e prático para todos os educadores.
“Apesar de não termos passado imunes aos transtornos causados pelas fortes chuvas, nossa equipe trabalhou incansavelmente para o pronto restabelecimento das aulas. Muitas famílias escreveram para a escola oferecendo ‘mais braços’ para limpar o campus. Na volta às aulas, os alunos ofereceram caixas de chocolate aos funcionários e escreveram lindas mensagens de gratidão a eles. Estou extremamente orgulhoso de nossa comunidade. Foi inspirador ver nossa equipe, professores, famílias e alunos trabalhando juntos! Novamente, pudemos experimentar os valores de Santa Cruz: respeito, solidariedade, colaboração e senso de comunidade”, diz Fábio Marinho Aidar, Diretor Geral do Colégio.