Galileu Galilei (1564-1642), um dos mais importantes cientistas da história, e autor da frase que dá título a esse texto, foi o personagem principal desta quarta-feira, 13 de março, para os alunos do 8º ano.
Durante o evento interdisciplinar apelidado de “Manhã Galileu”, os estudantes participaram de diversas atividades e experimentações científicas.
Em um primeiro momento, no teatro do Colégio, os alunos assistiram a leitura dramática de um trecho de “A Vida de Galileu”, de Bertold Brecht, realizada pelos professores Raul Figueiredo (Expressão Corporal), Cadu (Matemática), Fernando (Educação Física), Daniela Rhinow (Língua Portuguesa), Maurício Freitas (História), Heloisa Moreira (Francês e Ensino Religioso) e pela aluna Anna Corrêa da Fonseca Andrade, no papel do o aprendiz Andrea Sarti.
Na sequência, foi exibido o documentário “A Terra é Plana” (Behind the Curve), que tenta desvendar, de forma divertida, os mistérios por trás dessa antiquada teoria.
A manhã continuou com oficinas experimentais, oferecidas por professores do Colégio e profissionais convidados. Em “A luneta de Galileu”, conheceram seu papel precursor na observação científica dos astros por meio de instrumentos ópticos e colocaram a mão na massa para construir uma luneta. Já em “Conceitos espontâneos sobre o movimento dos corpos”, os estudantes responderam questões relacionadas à queda e ao lançamento de objetos, depois comparadas a testes científicos.
Em “Movimento dos corpos” se depararam com problemas como o do trem: se um objeto é lançado para o alto de um veículo em movimento, cairá à sua frente, ao seu lado ou atrás?
Uma das maiores dificuldades de Galileu era a medição dos intervalos de tempo e do espaço percorrido pelo corpo em queda. Para se ter uma ideia, ele media o tempo usando relógios d’água, nada precisos. Para resolver esse problema ele criou o plano inclinado.
A oficina, de mesmo nome, apresentou uma grande novidade: uma rampa especialmente criada para a ocasião pelo professor de Artes Visuais Paulo Afonso Teixeira Mariano. “Os professores Carlos Eduardo (Cadu), de Matemática, e João Carlos (JC), de Ciências, me trouxeram a imagem de um modelo que está no Museu Galileu, em Florença, Itália. A partir daí, construímos nossa própria rampa, com uma canaleta, por onde corre uma bola. Durante a trajetória, ela passa por sinos que emitem sons”, conta Paulo Afonso. Os alunos foram desafiados a calcular que distância deveria haver entre cada sino para que o intervalo do som produzido pela passagem da bola fosse igual entre um e outro.
Já no final da manhã, no experimento “Queda dos corpos”, os alunos observaram ao lançamento, em pares, de objetos de massas diferentes, comparando sua trajetória. Bolas, de modalidades esportivas diferentes, foram jogadas de uma altura de 16,5 metros.
“Com a ‘Manhã Galileu’, não queríamos responder questões, mas fazer com que vocês pensassem”, disse aos alunos JC.