Tarde de 13 de maio, sexta-feira. Teatro lotado. Como trilha sonora, uma música composta especialmente para a ocasião. A plateia aguardava o início da 8ª edição da Matemagincana.
A abertura foi impactante: elementos de Star Wars, uma versão de Cosmos, de Carl Sagan, protagonizada por um professor de Física,um big ben com chuva de meteoros e um flash mob de ETs marcaram o começo do jogo.
O evento, coordenado pela professora Mônica Torkomian, reuniu, neste ano, 507 alunos do Ensino Médio, 35 professores e estagiários e cerca de 80 ex-alunos, que participaram da organização da competição. Foram formadas 18 equipes, cada qual representada por uma cor, misturando, aleatoriamente, alunos das três séries, professores e estagiários. Os participantes tiveram que resolver 80 problemas e executar tarefas, recolhendo pistas pelo campus. O objetivo pedagógico da atividade é exercitar o raciocínio lógico-matemático de forma lúdica, promovendo a integração entre alunos, ex-alunos e professores.
Planejar todas as etapas e criar ou selecionar problemas e enigmas envolve muita dedicação. Desde fevereiro, a equipe de organização se reúne aos finais de semana para definir todos os detalhes. “Dá muito trabalho, mas é super divertido”, afirma Daniel Liberali, ex-aluno e estudante da Escola Politécnica da USP. Valentina Prado, outra integrante da comissão organizadora, conta que participava todos os anos da Matemagincana como aluna: “Esse evento promove uma integração muito grande entre as três séries do Ensino Médio. É legal também participar do outro lado, o da organização.”
Além de participarem da preparação do evento, os ex-alunos têm papel estratégico nas brincadeiras. Os “mônions” – neologismo para denominar os ajudantes da Mônica – dividem tarefas no dia: uns ajudam na captação das resoluções e na contabilização dos pontos; outros viram personagens fantasiados que fornecem pistas aos participantes. Outros ainda trabalham nos stands de problemas mais físicos, que envolvem diferentes habilidades, como visão espacial, memória, estimativa etc.
Até os alunos que não gostam muito de Matemática acabam se divertindo. “Em sala de aula, a matéria é abordada de maneira formal; aqui, com as brincadeiras, é bem mais fácil gostar da Matemática”, diz Daniel.
Mesmo quebrando a cabeça para resolver problemas por mais de quatro horas, os estudantes se mantêm animados. “É o melhor evento interno do Colégio”, afirmam vários alunos.
Os vencedores da gincana foram conhecidos no dia 19 de maio, quinta-feira, depois da tabulação dos pontos obtidos nos exercícios e nas atividades, mas a sensação predominante foi de que não é muito importante a colocação de cada time, e sim o quanto as equipes se envolveram e se divertiram.
Para a coordenadora do evento, ver a participação animada de mais de 75% dos alunos do curso em uma tarde de sexta-feira foi muito emocionante. Na sua fala, ela dedicou a edição deste ano ao professor Sylvio Nepomuceno, ex-professor de Matemática do Colégio que faleceu no dia 11.