A semana do recesso foi muito especial para uma turma de 20 alunos, formada por estudantes do 9º ano do Fundamental 2 e das 1as, 2as e 3as séries do Ensino Médio. Acompanhados por Marcelo Rogozinski, diretor administrativo e financeiro, e Moisés Zylbersztajn, coordenador de tecnologia da educação e da biblioteca, viajaram para Boston, nos Estados Unidos. Lá, passaram por uma imersão no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), mais precisamente no D-Lab – laboratório que tem a missão de melhorar a qualidade de vida de mais de 3 bilhões de pessoas de baixa renda por meio do desenvolvimento de tecnologias de baixo custo.
“O MIT é um mito no campo das inovações e o trabalho desenvolvido no D-Lab tem muita sinergia com o que fazemos aqui no Colégio. Ensinamos programação, desenvolvimento de aplicativos e games, robótica, mas para desenvolver a criatividade e o empreendedorismo, formando jovens mais autores e menos consumidores”, conta Moisés.
A oficina que o D-Lab desenvolveu especialmente para os alunos do Santa Cruz, primeira escola secundária a ser formalmente convidada a trabalhar lá, propunha aprimorar um fogão desenvolvido para os moradores de Uganda. Pode parecer muito exótico, mas boa parte da população do país africano usa fogões a carvão – proveniente de desmatamento desordenado – para cozinhar os alimentos. Por isso, o protótipo deveria solucionar questões sociais e ambientais, além de ter baixo custo.
Hora de colocar a mão na massa
Os 20 estudantes foram divididos em 5 grupos, cada um com uma missão, como melhorar a manutenção do calor dos fogões e a máquina de fazer carvão. Nos laboratórios, puderam usar equipamentos de gente grande: tornos, bigornas, serras elétricas… Com esse material à disposição, a ajuda dos técnicos e muita troca de informações, desenvolveram protótipos que depois foram apresentados para uma plateia formada por alunos e coordenadores do D-Lab. “Foi muito bacana ver o comprometimento dos alunos. Eles se envolveram com um problema real e ficaram motivados porque puderam contribuir com soluções”, atesta Moisés.
Quando não estava nos laboratórios ou ouvindo palestras, o grupo batia perna pela cidade, conhecendo seus cartões postais. Também tiveram a oportunidade de assistir ao jogo Bruins X Flyers, de hóquei, e uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Boston. Todos os passeios e a programação completa da viagem estão descritos no diário virtual Santa no MIT.
Veja alguns depoimentos de alunos que participaram da viagem:
“A viagem superou as expectativas. A convivência entre as séries foi muito legal, o grupo ficou bem amigo e próximo”, Guilherme Koike Folgueira, 3ª série.
“No D-Lab, nos dividiram em unidades de trabalho, mas todos colaboravam com todos. Eu achei muito bom que o erro fazia parte do processo. A gente aprendeu a usar as máquinas na prática sem precisar de tanta teoria”, João Curioni, 2ª série.
“O D-Lab é mais do que um lugar, é uma filosofia, um modo de vida. Termos vivenciado isso mostra que podemos ajudar as pessoas”, Isabella Whitaker, 1ª série.
“Não precisamos ir longe. São Paulo é uma cidade de contrastes, de cruzar uma ponte já tem como trabalhar com design thinking”, Daniel Martin Caboclo Peres, 3ª série.