A escravidão que tece(u) o Brasil

 

Com o título “Negritude e branquitude: o lugar de cada um na superação das desigualdades”, o webinar realizado no dia 30 de agosto contou com a participação da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz e da jornalista e pesquisadora Rosane Borges.

O encontro, mediado pelo professor do Ensino Médio André Aquino e por Laura Mata, ex-aluna e membro da associação de pais que participam da inciativa antirracista da escola, integra o Programa de Ampliação da Diversidade Racial e Ações Antirracistas.

Rosane Borges abriu a exposição com a leitura do discurso da ativista e ex-escrava Sojourner Truth, de 1851, que levantou, em uma convenção nos Estados Unidos, os direitos das mulheres. Na sequência, comentou sobre o processo civilizatório que teve como princípio “trucidar o outro”, afirmando que o projeto da Modernidade deixou muitas pessoas excluídas, especialmente por raça e por gênero.

Ela lembrou que a escravidão deixou marcas também nos brancos, que foram colocados em posição de privilégio. Esse passado ainda está presente nas relações sociais.  “Nem todos são culpados, mas todos são responsáveis”, afirmou.

A constatação de que a escravidão é uma questão do presente também foi abordada por Lilia Schwarcz, que iniciou sua fala com a consideração de que negritude e branquitude são relações; trata-se de conceitos que são interdependentes.  Apresentando didaticamente fatos da nossa história, apontou como o racismo é sistêmico, estrutural.

Foi, sem dúvida, um encontro muito produtivo, que trouxe reflexões e aprendizados para todos. Como disse Débora Vaz, nossa diretora pedagógica, “somos uma escola e, portanto, gostamos de uma boa aula”.

Assista ao vídeo do evento.

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