“Os ipês floresceram mais cedo porque estavam com saudades das crianças”

A frase que dá título ao texto é a teoria do Diretor Geral Fábio Aidar para a floração antecipada dos Ipês-amarelos. Geralmente, eles florescem em setembro, mês de aniversário do Colégio, mas, este ano, explodiram em flor ainda em agosto.

Encafifados com o fenômeno, fizemos uma enquete pelo Instagram (@colsantacruz) e as respostas foram as mais variadas possíveis. Teve a linha mais afetiva:

– “Para nos receber de volta”;
– “Para nos trazer alegria em tempos difíceis”;
– “Não aguentava mais esperar! Igual a nós esperando a pandemia acabar”;
– “Para saudar os alunos no retorno ao campus”;
– “Para combinar com os uniformes”;
– “Para se despedir dos alunos da terceira série do Médio”.

Mas muitos apostaram nas mudanças climáticas:

– “Oscilação de temperatura”;
– “Acho que foi pela queda de temperatura”;
– “Aquecimento global”;
– “Seca”;
– “Inverno atipicamente frio e primeira semana de calorzinho”;
– “Entrada da Primavera”.

Estes últimos, se aproximaram bastante da explicação dos nossos professores de Biologia. Para Tatiana Nahas, a floração é uma resposta biológica ao estresse. “É como se a árvore estivesse dizendo ‘vou deixar minha descendência’.”

Lucas Nascimento (Professor monitor de Biologia), nos contou que os Ipês-amarelos florescem nessa época pois são adaptados para florescer em climas secos, frios e com fotoperíodo menor (períodos de luz mais curtos, que é o caso do inverno). “Neste ano, a melhor explicação para a antecipação é o tempo seco. A falta de chuvas escancara o tempo seco e a crise hídrica (e energética), diminuindo a irrigação no ipê e facilitando a perda de folhas. Após perder as folhas há a formação de flores”, conta Lucas, que dá aulas em uma disciplina eletiva na escola que contempla a cronobiologia, a ciência que estuda os ritmos biológicos.

Florescendo em agosto ou em setembro, o fato é que os 19 ipês-amarelos do Santa embelezam o nosso campus e chamam a atenção de alunos e educadores. Impossível não parar para admirar, tirar uma foto, fazer desenhos de observação ou juntar as flores caídas pelo gramado.


Alunos do Ensino Médio

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